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O AMOR ENTRE AS MULHERES

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As mulheres gregas só se relacionavam com outras mulheres, logo não é estranho supor que muitas tenham encontrado afeto e prazer sexual com elas. Entretanto, nada se sabe a esse respeito. Só temos informações de uma época anterior, o século VII a.C. Safo viveu na ilha de Lesbos e dirigia uma escola onde mulheres aprendiam música, poesia e dança. Ela se apaixonou por algumas dessas mulheres e manifestou o seu amor em poemas sensuais. "Sua poesia exerceu enorme influência sobre literatura erótica subsequente. E sobre a vida também: a maior parte dos sintomas de que os amantes têm sofrido, durante mais de talvez tanto material de condicionamento cultural como material para a biologia." Safo escreveu cerca de 12 mil linhas, das quais somente 5% sobreviveram à queima de livros efetuada mais tarde pelos cristãos. Um poema que ele fez para uma de suas alunas, quando a moça ia deixá-la para se casar, mostra toda a sua dor de amor, com o ciúmes que a atormentava: Semelhante aos deuses

Atenas - A festa de casamento

Em Atenas, antes do casamento, ocorriam os sacrifícios aos deuses e a purificação do casal. O pai da noiva fazia sacrifícios a Zeus, Hera, Afrodite e Ártemis e a futura esposa consagrava a Ártemis objetos da infância agora abandonados: brinquedos,espelhos, presilhas, fitinhas, etc. O banho cerimonial não era somente um ato de purificação, mas também simbólico: assim como os rios e as águas das fontes irrigam e fertilizam a terra, o banho contribuía para assegurar a fertilidade aos recém-casados.

A última etapa dos cerimoniais era uma ceia oferecida na casa do pai da noiva. Mulheres sentavam-se à parte. Havia músicos profissionais. A noiva era acompanhada pela melhor amiga e uma madrinha de casamento segurava o véu. Este cobria a futura esposa da cabeça aos pés, com uma pequena abertura para os olhos. Seria retirado somente depois da ceia. Sua função era proteger a noiva contra mau-olhado. O noivo, coroado por grinalda, era acompanhado pelo melhor amigo.

Antes de a noiva acompanhar o futuro marido, ocorria a cerimonia do "desvelamento": a melhor amiga retirava o véu e a revelava. Os convidados aplaudiam e ofereciam presentes. O casal, numa carruagem enfeitada, se dirigia à casa do noivo. Ele conduzia enquanto a noiva ficava à sua esquerda segurando uma guirlanda de flores ou um berço, simbólico de sua futura vida de casada. O principal motivo dessa procissão, denominada nymphaagogía, condução da noiva, era tornar o casamento público, simbolizando a alteração da autoridade sobre a noiva, que agora passava de seu pai para seu marido. 


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