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O AMOR ENTRE AS MULHERES

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As mulheres gregas só se relacionavam com outras mulheres, logo não é estranho supor que muitas tenham encontrado afeto e prazer sexual com elas. Entretanto, nada se sabe a esse respeito. Só temos informações de uma época anterior, o século VII a.C. Safo viveu na ilha de Lesbos e dirigia uma escola onde mulheres aprendiam música, poesia e dança. Ela se apaixonou por algumas dessas mulheres e manifestou o seu amor em poemas sensuais. "Sua poesia exerceu enorme influência sobre literatura erótica subsequente. E sobre a vida também: a maior parte dos sintomas de que os amantes têm sofrido, durante mais de talvez tanto material de condicionamento cultural como material para a biologia." Safo escreveu cerca de 12 mil linhas, das quais somente 5% sobreviveram à queima de livros efetuada mais tarde pelos cristãos. Um poema que ele fez para uma de suas alunas, quando a moça ia deixá-la para se casar, mostra toda a sua dor de amor, com o ciúmes que a atormentava: Semelhante aos deuses

O Batalhão Sagrado de Tebas

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O amor por um jovem dotado de fascínio físico e intelectual aperfeiçoava o caráter tanto do amante como do amado. O Batalhão Sagrado de Tebas - quadro de tropas de choque - era composto inteiramente de casais homossexuais. Em Esparta, na ilha grega de Eubeia e em Tebas, cidade da Beócia, a efebia era associada ao sucesso na guerra. Em Esparta, todo recruta de bom caráter possuía um amante de idade madura. Conforme disse: Platão: "Um punhado de amantes armados, lutando ombro a ombro, pode conter todo exército. Isso porque seria intolerável para o amante seu amado vê-lo desertando das fileiras ou atirando longe suas armas. Ele preferia mil vezes morrer e ser tão humilhado... Em tais ocasiões, o pior dos covardes seria inspirado pelo deus do amor, a fim de provar-se igual a qualquer homem naturalmente bravo." Após 33 gloriosos anos, o Batalhão Sagrado de Tebas finalmente foi aniquilado na Batalha de Queoneia, Todos os seus trezentos membros foram mortos. 

AMOR ENTRE HOMENS

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O amor na Grécia era bem diverso do amor ocidental contemporâneo. Ele não era considerado, tanto como é agora, uma finalidade da vida, e sim um passatempo divertido, uma distração, ou, por vezes, uma aflição enviada pelos deuses. As suas expressões sinceras eram proferidas, não por jovens homens e mulheres que se desejassem reciprocamente, e sim por homossexuais cortejando criaturas de seu próprio sexo. "E um paradoxo o amor moderno haver começando com o amor grego, dever tanto a ele, muito embora as formas e os ideias do amor grego sejam considerados imorais na sociedade moderno. Por dois séculos, entre VI a.C. e o início de IV a.C., floresce aos quatorze e seu encanto aumenta aos quinze. Dezesseis é a idade divina." A homossexualidade entre adultos ou homens abaixo da puberdade raramente é testemunha na Grécia antiga.   Não é de admirar que os gregos considerassem o homem mais próximo da perfeição. Ele podia ser objeto de um amor ideal - particularmente o homem de cultura

O DILEMA DO HOMEM GREGO

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Não era comum que os homens experimentassem a profunda satisfação que Péricles encontrou na companhia  de Aspásia. Por mais apaixonados que estivessem por uma hetaira, eram tomados de  uma estranha emoção. O relacionamento tinha caráter excessivamente comercial. Para ter todo o luxo e conforto, uma hetaira precisava ser sustentada por vários amantes. Numerosos escritores relataram episódios de amantes que foram reduzidos à miséria e depois  postos à margem; e também episódios de homem que esbanjaram cegamente as suas riquezas, além da reputação, em benefícios de hetairas insaciáveis.  Hunt nos fala de outra questão. Era clara  a ambivalência dos homens gregos em relação as hetairas. Embora eles estivessem à procura de uma nova forma de relação amorosa com as mulheres, viam-se profundamente influenciados e limitados pela herança cultural da misoginia. Eram capazes de amar o amor, de maneira completa, mas só parcialmente amavam as mulheres consideradas como pessoas. Os homens falavam de

O AMOR ENTRE PÉRICLES E ASPÁSIA

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O período compreendido entre os anos de 461 a.C. e 429 a.C. é considerado a "Idade de Ouro" de Atenas, quando a cidade viveu o seu auge econômico, militar, político e cultural. Nesse período, Atenas foi governada por Péricles (495 a 429), a maior personalidade política do século V a.C. Sob sua liderança, Atenas tornou-se a cidade mais importante da Grécia, um centro de cultura, arte, literatura, filosofia e ciências. Dispondo de parte do tesouro da cidade, o líder político dessa pólis decidiu reconstruir os templos destruídos pelos persas e erigiu nossas estruturas, entre as quais se destacam o Partenon e outros edifícios das Acrópole.  Durante seu governo, Atenas alcançou tamanho apogeu e o século em que viveu foi chamado de "século de Péricles." Nessa época, a cidade era hereditária, mas apenas se ambos os pais fossem atenienses e da classe cidadã. Em 451-450 a.C., sob as leis instituídas por Péricles, os cidadãos tinham que se casar com mulheres cujos pais fossem

Os EFEBOS

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A efeba - relação homossexual grega báscia - se dava entre um homem mais velho e um jovem. O jovem tinha qualidades masculinas: forças, velocidade, habilidade, resistência e beleza. O mais velho possuía experiência, sabedoria e comando. O efebo - púbere - entregue a um tutor se transformava em cidadão grego. Era treinado, educado e protegido. Ambos desenvolviam paixão mútua, mas sabiam dominar essa atração. Esse controle era a base do sistema de efebia. Havia sexo, mas quando o efebo crescia e se tornava um cidadão grego, deixava de ser o amante-pupilo e tornava-se amigo do tutor; casava-se, tinha filhos e buscava seus próprios efebos. 

Como viviam as hetairas

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A hetaira morava, geralmente, em casa própria, e recebia os administradores e amantes em sua residência. Permitia que certo número de admiradores lhe fizesse a corte; podia também, durante algum tempo, tornar-se companheira exclusiva de determinado homem. Suas roupas, seus cabelos e sua maquiagem eram elegantes; a mesa se apresentava artisticamente posta; sua residência integrava beleza e refúgio, e era um lugar onde um homem podia passar o tempo agradavelmente. A hetaira era cativante e complexa , estava numa posição muito superior à da esposa ateniense. "A literatura grega desse período refere-se muitas vezes à hetaira como se ela fosse uma verdadeira amiga, uma nobre companheira, uma mulher de caráter de ouro, muito superior à mulher virtuosa. Como o poeta Filitero observou: "Não admira que haja um altar erguido à Companheira por toda parte, mas em nenhum lugar, em toda a Grécia, há se quer um altar erguido à Esposa."

AS HETAIRAS

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Após tempos homéricos, em que as pequenas tribos foram evoluindo e se transformando em cidades-Estado imperialistas, os antigos vínculos de clã se deterioram. A Grécia precisou reorganizar as ligações afetivas, desviadas na direção dos indivíduos. As pessoas gregas, ligadas ao lar, satisfaziam suas necessidades emocionais cuidando dos filhos. Os homens gregos buscavam pessoas para desenvolver um novo tipo de relação. As esposas eram totalmente ignorantes e nada sabiam sobre a vida de Atenas. "Os homens gregos se mostravam desejos de fazer experiências com uma ordem nova e mais intensa de relações com as mulheres, descias com uma ordem noca e mais intensa de relações com as mulheres, desde que encontrassem algumas que lhes oferecessem tanto satisfação para o corpo como entretenimento para o espírito. Se as mulheres de Atenas, intelectuais, cultas e amorosas, desejassem conversar com homens a respeito de coisas importantes, tornavam-se hetairas - cortesãs de alto nível. Apesa